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Yára Uchôa Barreto

A dimensão do amor de Deus por nós
Se tivéssemos a mais pálida ideia da extensão do amor de Deus por nós, com toda certeza, nossa vida seria bem mais feliz e muita coisa desagradável seria evitada.
Infelizmente, como seres céticos que somos, pois a nossa fé ainda é muito vacilante, somos imediatistas e o que pedimos a Deus queremos que se realize de qualquer jeito.
E ainda ficamos com raiva quando não somos atendidos.
Não entendemos porque não nos ouviu os pedidos, em sua grande maioria totalmente absurdos e sem sentido, que solicitamos insistentemente.
Ainda bem que Ele não concede tudo aquilo que reivindicamos, que no nosso entender parece justo, mas que no fundo seria um mal, se atendido fosse.
Depois de receber tantas benesses pelas mãos misericordiosas do Pai, ainda é muito grande o números de pessoas agnósticas ou que dizem de maneira pró forma que n’Ele creem.
Bem aventurados aqueles que não precisam de milagres fabulosos para acreditarem no amor de Deus por nós.
Tristes, muito desolador, aquelas pessoas que necessitam de fenômenos externos para Nele crerem.
A sua misericórdia e o seu amor infinito manifestam se diariamente, por que não dizer, a todo instante, através de pequenas mas grandiosas coisas e o nosso orgulho e vaidade exacerbados não nos permite reconhecer e enxergar o quão Deus é pura bondade e perfeição.
Muita gente acha que precisa de templos e cultos de adoração a Ele, de que adianta tanta ostentação se a teoria é grande, as demonstrações enormes mas a prática é zero Se quase todos daqueles que se dizem seus adoradores, são possuidores de uma fé vacilante e se preocupam exclusivamente em manter apenas as aparências Não sou santa, espírito puro, porém o que mais vejo por aí são pessoas filiadas a instituições religiosas, integrantes de seus quadros de participantes, que realizam belíssimos sermões quando encontram se em uma tribuna, e ao sair dali nada exemplificam do que acabaram de pregar.
Não, Deus não quer isso.
O que Ele quer é que tenhamos uma fé sólida, nunca duvidemos da sua assistência amorável junto a cada um de nós, independente de cultos suntuosos em sua homenagem.
O que muita gente esquece é que Ele tudo sabe, penetra no âmago dos corações de suas criaturas e de nada adianta querer ludibria lo porque Ele sabe o que se passa no íntimo de cada um.
Deus demonstra o seu amor a nós de várias maneiras.
Se formos atentos, perceberemos claramente nos pequenos detalhes que passam despercebidos no nosso cotidiano.
Ele ajuda as criaturas através das próprias criaturas.
Muitas vezes colocando alguém na nossa vida e por meio dessa pessoa recebemos a ajuda que necessitamos, e cegos que somos frente às coisas espirituais, rendemos todas as homenagens possíveis e imagináveis aquele (a) que nos ajudou, esquecidos do infinito amor de Deus por nós, outras vezes somos intruídos a procurar alguém ou fazer algo que nos leva a receber o socorro que precisamos.
E quando isso acontece dizemos: Que pessoa maravilhosa que me ajudou! Como recebo boas intuições! É necessário que saiamos do estado letárgico em que nos encontramos, despertemos a fé adormecida em nós e compreendamos que tudo que nos acontece de bom, o único autor é Deus, as pessoas são apenas instrumentos usados por Ele.
O orgulho e a vaidade fazem com que nos tornemos indiferentes, com a fé esmaecida, achando que tudo de melhor provém de nós mesmos.
Óbvio que quando nos tornamos pessoas esclarecidas a respeito das coisas espirituais, contribuímos muito para que tudo conspire de uma forma mais favorável para nós, contudo sem esquecer da misericórdia divina sempre atuando a nosso favor.
Sejamos, pois, mais conscientes e confiantes da dimensão do infinito amor de Deus por nós.

Feliz Natal com Jesus!
Natal: quando o homenageado é Jesus!
A maior e mais importante data cristã de toda a humanidade aproxima se, e com ela as melhores vibrações que envolve a todos nós em uma psicosfera luminosa, feliz e harmoniosa, estabelecendo se uma ambiência salutar, onde a maioria das pessoas imantadas por energias amorosas, que normalmente circulam ao entorno do nosso planeta, saúdam a passagem de Jesus entre nós.
Até ai, tudo bem.
Afinal comemora se a maior festa da cristandade, o nascimento do espírito mais puro e sublime que habitou entre nós.
Entretanto as festividades natalinas nada têm a ver com a humildade e simplicidade amorável do aniversariante, caracterizando se por mesas fartas onde as pessoas se deleitam comendo e bebendo exageradamente, árvores gigantes lotadas de presentes, exibição desmedida da vaidade humana, na qual impera um verdadeiro desfile de roupas, sapatos, adereços caros, uma verdadeira disputa mundana sobre quem se encontra mais elegante e com vestes mais sofisticadas.
Tudo isso sem falar na comercialização da data, quando os shoppings abarrotados de gente que, ansiosos, correm em busca de presentes dos mais variados para si e para agradar aos outros.
E no meio de toda essa agitação, dessa correria, eis a pergunta que não quer calar:
Onde se encontra o Cristo de Deus Ninguém sabe, ninguém viu!
O principal homenageado não partilha de nada disso, sabe por quê Porque é simples, humilde, desprovido de vaidade, mas rico em amor.
Nascido pobremente em uma manjedoura, em sua chegada ao mundo não houve festividades grandiosas, presentes caros, mesas fartas, nem nenhum tipo de exibicionismo.
Veio com uma missão e a cumpriu integralmente e dolorosamente; ensinou o amor, o perdão, a caridade, preocupou se em disseminar o bem e o fez como jamais ninguém o faria, de forma ampla e magistral.
Por que a humanidade não segue seu exemplo Pelo menos deveria tentar, já que igual a Ele é impossível ser! Por que ao invés de tantas coisas mundanas em comemoração ao seu nascimento, não buscam colocar mais em prática seus ensinamentos
Amar o próximo como a si mesmo, ofertando o pão aos que têm fome, dando de beber aos que têm sede, amparando os órfãos, abrigando os idosos rejeitados pelo mundo, enxugando as lágrimas dos aflitos, aprendendo a perdoar os que lhes ofendem, ofertando amor incondicional aos que precisam e se encontram caídos a margem dos caminhos
Com absoluta certeza essas coisas seriam muito mais agradáveis aos olhos de Jesus.
Ainda temos muitas estradas a percorrer até compreender a necessidade de nos libertamos, pelo menos um pouco mais, das coisas materiais, tomando consciência de que daqui nada levamos e que nada disso agrega algo positivo aos nossos espíritos.
Procuremos refletir melhor e que, pelo menos, na noite de Natal, em meio aos festejos que tanto amamos e valorizamos, lembremos de saudar o aniversariante, elevando a Ele uma prece de agradecimento, rogando para que haja mais amor e fraternidade entre os homens.
“Que sejamos luz nos olhos dos cegos, bengalas nas mãos do trôpegos e fé na mente dos sofredores.” – Feliz Natal com Jesus!