– Você sabe o que é – Bem, estamos realmente esperando que seja um bebê, mas eu conheci uma senhora que teve gatinhos Tá bom! Tá bom! Eu nunca respondi desta forma à ninguém, mas muitas vezes estive tentada.Quando entrei em meu sétimo mês de gravidez, começaram aquelas perguntas ridículas:– Você ainda não teve seu bebê! ou– Você está pronta E o mais popular,– Você não está contente E uma vez que meu marido e eu escolhemos não saber o sexo de nossa primeira criança, nós decidimos que perguntaríamos pelo sexo de nossa segunda criança no ultrassom do sétimo mês.
Como já tínhamos um menino, feliz e saudável aos quatro anos, ouvíamos comentários como– Talvez agora venha uma menina! E– Bem, quando você tiver uma filha você terá a família perfeita! e ainda– Agora uma irmãzinha! Embora secretamente eu desejasse uma filha eu mantive me dizendo que não importava.Na manhã de meu ultrassom, eu estava uma pilha.
O médico tinha me dito para beber 5 litros de água e, tola que sou, segui suas instruções.
Durante os 30 minutos em que nos dirigimos ao consultório, eu estava a ponto de morrer, e depois de esperar por mais 30 minutos na recepção, eu estava à beira do histerismo.
Depois disso tudo, o inferno.
Não se pode negar a nenhuma mulher grávida o seu direito de ir ao “trono”.
Eu implorei que me deixassem ir ao banheiro, mas deram me um copo minúsculo e disseram, com um sorriso antipático, – Só um pouquinho.Tive que fazer um tremendo esforço para estancar meu fluxo e voltei à sala de espera.
Finalmente, era hora do exame.
Após ter untada a minha barriga com o gel incrivelmente frio, eu fiquei estacionada na cama.
O técnico, enquanto preparava o equipamento, quis saber se eu me sentia confortável.– Com toda a certeza, sinto o que uma baleia encalhada sente.Ele começou a descrever a imagem que cintilava na tela.– Vejo o coração, e todos os ventrículos parecem perfeitamente formados.
O cérebro também parece normal.
Medindo as pernas, podemos determinar o peso aproximado para ver se estamos no dia do vencimento.Pausa dramática, e então o anúncio.– E se você quiser saber o sexo, eu posso definitivamente dizer É um menino! Seus lábios continuaram se mexendo, mas eu não ouvi mais nada.
Tudo que eu me lembro é de tentar manter a compostura.
Eu sou humana o bastante para admitir que eu fiquei decepcionada no início.A volta para casa foram os trinta minutos mais longos de minha vida.
E depois que fechei a porta do quarto, lágrimas vieram finalmente, trazendo com eles o reconhecimento que eu não quis uma filha e assim poder ter “um menino e uma menina, família perfeita” e eu não quis uma filha que meu filho pudesse proteger na escola.
Eu quis uma filha para mim.
Eu quis uma menina para vestir com vestidos de mãe e filha, para ir ao salão de cabeleireira, ir com ela ao shopping (para vestidos de formatura, vestidos de noiva) e aspirar através dela uma vida maravilhosa.Enquanto me mantive neste pensamento, percebi que meu desejo mais profundo não era ter uma filha, mas voltar à minha adolescência.Então algo aconteceu que mudou minha perspectiva para o bom – o telefone tocou.
Nosso melhor amigo estava ligando para dar nos uma má notícia.
Sua esposa – que estava no mesmo estágio de gravidez que eu – tinha tido algumas complicações.
Nós choramos e oramos com eles e para eles, e enquanto eu desligava o telefone comecei a perceber o presente surpreendente da vida que se movia dentro de mim.E na manhã seguinte eu estava preparada para as perguntas iminentes,– Você já sabe o que é Sim, eu sabia a resposta:– Sim, eu sei o que é.
É um presente.
É vida.
É um tesouro sem preço.
É saudável.
é inteiro.
É uma outra chance.
É sorriso.
é alegria.
É parte de mim.– É MEU FILHO!