Para gerar outra vida, a concha recebe a areia, que incomoda, e fere, e magoa, mas que, por defesa e ânsia de criação, a ostra envolve com camadas e camadas de Nácar puro (Como proteção, envolve o mínimo grão com sua melhor produção ) E este, ínfimo grão mutante, de mais um entre milhares torna se único.
Aquele que, burilado pelo tempo e pelo esforço, pelo contínuo trabalho, pelo doar se constante de sua agora origem, torna se pérola Que se mostra, e vive, e brilha, apenas e tão somente quando a concha se abre Ouse, nesta vida, ser concha! Permita se, nesta vida, ser pérola! Quando alguém te magoar ou te ferir, revista se da mais preciosa joia de Deus: cubra se de amor e ternura.
Se seguirmos o exemplo da concha, o ódio não terá como se desenvolver, mais o amor se estenderá e será o revestimento mais belo e precioso que será dado em troca de toda areia da vida que venha nos ferir.