SONETO DE PERDÃO
Meu amor, peço te: não fiques triste
Se algum mal, porventura, te fizer
Pois nosso sentimento me persiste
E perdurará haja o que houver
Meu amor, vem cá: dê me tua mão
Pensa: se o mal que foi te cometido
Foi, por mim, feito a ti despercebido
Não sou, por fim, digno do teu perdão
Quem ama sabe, sim, que sofre e morre
Sabe também que vive à redenção
Assim que vive, e morre, quem se entrega
Se nada vale a vida que decorre
Sem teu perdão, (oh! , dor que me carrega)
Diz me, então: de que vale amar em vão