Eu o via todo o dia, todos os dias, a todo o momento.
Mas em nenhum desses instantes eu o sentia perto.
O coração não se agitava mais como antes e já não sentia o ardor que secava a garganta.
Tudo era rotina.
A rotina que escolhemos e que agora nos afastava.
Palavras mecânicas, ditas por dizer, sem o mínimo de sentimento e por vezes sem sentido também.
Olho para trás e me questiono quando tudo começou.
Em que momento caímos neste precipício que nos vai destroçando antes de embatermos no chão.
Mas ele não reage a estas perguntas e tomara eu também poder responder.
Nossa presença agora é mera sombra e hoje solitária vagueio pela casa.
Tão perto, mas também tão longe.
Tão presente, e ao mesmo tempo tão ausente.
Aprendi que o amor não se mede por distâncias, mas na profundidade que ele provoca em cada um.