Amo te! Lisboa.
das colinas de Lisboa
vejo a lua beijando o mar
O Tejo conta as lendas num silêncio
um barco corre solto, a navegar
No cais um poeta, canta e chora um fado triste
com ciúmes da lua, se torna tão bravio o mar
enquanto a brisa namora aquela princesa de rara beleza, no seu castelo de areia, a encantar
Das colinas de Lisboa
Onde o sol se põe, me faz sonhar
uma gaivota paira num silêncio
num imenso firmamento a voar
Nos trilhos a vida passa sem sentir essa magia
enquanto toda uma cidade se prepara para sonhar
ouvindo o sino das tuas rústicas catedrais
a entoar um canto, de amor e paz.
Amo te! Lisboa.
Ai quem me dera, na primavera, poder te abraçar!
No Algarve dos sonhos, regar natureza
Nos campos do Alentejo, aventurar.
De aço, são meus amores
Açores, epopeias! Vou contar para o mundo tua beleza
sem par.
Ao serrar das estrelas
a noite me trás os montes
no frio se aquece a Madeira, uma ilha no mar
Vejo alegre e cantante
O fadista de outrora, tão presente agora,
a te enamorar
Até o Porto eu navego
nas tuas caravelas, que fizeram a história
e novos mundos brotar
Tua juventude renasce, minha querida Lisboa
a cruzar novos mares, a novos rumos tomar
sem caravelas! pois hoje, já é nova era
e o futuro de espera numa nave estelar
E o meu coração, continua sendo um Tejo
a desaguar nas estrelas, por entre serras e montes
beijando os teus céus e o teu mar.
Amo te! Lisboa.