AMA MEAma me com compreensãoCom amor, com dor, com solCom chuva, com alma, com respeitoCom mãos, com corpo, com olhosCom língua, com desejo, com êxtaseCom volúpia, com nostalgia, com cobiçaCom ousadia, com luxúria, com vícioCom zelo, com estima, com garra, com melAma me com todas as palavras do DicionárioPara que seja eterno este sentimento deste momento
SENHORDá me a serenidade das águas dos riosDá me a força das fragas das serrasDá me a doçura das flores do campoPerdoa me se fracassar, se tiver medoQue eu possa sempre voltar a recomeçar.
Não pense duas vezesVá ser feliz sem medo de se ferirOu de se machucar
AMAR, SONHAR E VIVERQuero sorrir, amar, viverPorque não tenho tudo, masNão me falta nada, sinto meAmada e sei viver, dos meusPoemas que guardo, do cheiroDo café, das manhãs docesDa terra molhada, depois da chuvaDas ruas desertas de madrugada.Das noites em que o silêncio temO tom de um poema feliz e tristeDe amor, as horas que envelhecemGanham pó, ganham asas, ganhamsorrisos e eu e tu no silêncio de mãosDadas, só um resto de amor e paixãoQue ninguém sabe que existe ou existiu Sinto falta de tudo, de nada.
RETORNO Deste mar profundoTu és a minha escuridãoIgual aos cantos das sereiasE a areia escaldante do solEu sou a luz da luaQue ama te na solidãoEste frio da noiteQue inquieta me a almaCom a brisa do marPonho me a chorarChorar de amor ou de saudadeFaz bem ao coraçãoSentir o perfume das floresAdmiramos a beleza do mundoAtravés de quem amamos
CARTA AOS MEUS DOCES FILHOSQuando eu já for velhinhaEu não serei uma velhinha comumVocês já sabem, afinal não gostoMuito de ficar quieta ou de fazer tricôPorque nunca tive paciência para tricotarQuando eu já for velhinhaNão quero que se preocupem comigoNão se sintam na obrigaçãoEm visitar me aos fins de semanaFaçam isso quando sentirem realmente vontadeDe me ver .saudades do meu abraçoDo meu carinho, do meu beijo.Ou ainda quando sentiremSaudades da minha comidinhaEu estarei na companhia do vossoQuerido pai, o amor da minha vidaVocês sabem que os meus olhos olhamPara vocês com muito orgulhoQuando eu já for velhinhaQuero ficar na minha casa mesmoQue seja velha como euVocês sabem que eu valorizoE amo a minha liberdadeQuero que vocês me olhem e sintam orgulhoMas me deixem viver como eu queroConforme a minha vontadeNão pensem que sou egoísta.Meus filhos perdoem meSe alguma vez eu falhei com vocêsEu amei vos e tentei amar vosDa melhor maneira que eu soubeQuando eu já for velhinhaQuero muitos netos para mimá los muitoNão me critiquem se eu exagerar nos carinhosAfinal vocês tiveram, muitos mimos, carinhosAbraços, como eu vos amo meus amoresQuando eu já for velhinhaNão sintam pena de mim quando estiver fraca.Sem forças, não se sintam responsáveis por mim~Eu vivi como eu quis.Meus queridos e amadosFilhos da minha alma, sangue do meu sangueDo meu coraçãoMeus amores vivam as vossas vidas com amor.Respeitem os outros, trilhem os vossos caminhosAs vossas estradas, amem, trabalhemTenham êxito, sejam corajososSonhem muito e altoAcreditem sempre em vocêsE sejam muito felizesMeus amados filhos meus grandes amores.
"GAVETA DE CARTAS"As lágrimas são como cartas escritas De amor, de dor, de saudadeQue hoje repousam numa gaveta velhaRasgadas, queimadas, esquecidas Manchadas com a água dos olhosPalavras escritas, em verso de tanta poesia.Palavras mal colocadas e mal interpretadasPalavras escritas que muitas vezes não são lidasCartas que outrora permitiam a tristezaEm vez de alegria, de felicidade, de amorSentimentos, pensamentos escritos em versosPalavras ditas, escritas, sentidas, perdidasQue enchem o coração de esperançaCartas feitas de folhas escritas de lágrimasDe suor, de silêncios, de ilusõesPalavras quando escritas ganham vida própriaEscritas as cegas cheias de recordaçõesCartas de velhas páginas escritas e rasgadasPelas quais escorrem as lágrimas, de uma históriaDe uma vida de sentimentos que foram vividosDe uma melodia suave de um velho papel que sou eu!!!