E se não há mais brilho nos olhos, borboletas desfilando no estômago e coração em ritmo de carnaval, pode estacionar, ensaiar o término na frente do espelho e tirar o ponto final do bolso.
Acabou, esfriou, é bobagem persistir.
O amor caía do céu, envolvido numa garoa fina de verão.
A moça dos cílios compridos não percebeu e mais uma
vez abriu o guarda chuva ao invés do coração
Na verdade, não era amor.
Era uma paixãozinha fantasiada, era uma carência de cuidados e mimos.
Uma companhia de cinema, uma lareira em dias frios.
Um dia já foi amor.
Hoje não passava perto.
O respeito se perdeu.
A posse me sufocou.
Acabou.
Não me fazia bem.