Marina às vezes queria desaparecer como a água que evapora na terra seca.
Ela buscava uma liberdade que até então não sabia definir ou onde encontrar.
Então ela pensou que se parecia muito com o vento: forte, misteriosa e às vezes devastadora.
E Marina não via comparação melhor, pois ela não queria ser vista, mas queria ser notada.
Não era uma fuga, era apenas uma vontade incontrolável de viver sem nenhum julgamento, sendo apenas quem ela era Marina.
Na verdade devia estar aí a sua vontade de ser como o vento.
Ele existe, mas ninguém o vê, ninguém o controla, ninguém o para.
E nada consegue mudar isso.
Ele apenas é.
Marina queria apenas ser.