Os olhinhos pequenos apareciam pelo o canto da porta, tão engraçadinha, cheia de rimas, sorria e dizia amor em voz alta, contava até três pensando de vez no teu português.
Soltava os cabelos pelo ar, sem se importar, os penteava e ria, ria com gosto cheia de dizeres, sem graça batia as palmas, sonhava e gritava, entre segundos ou milésimos, não sabia o tempo certo, nem se importava, estava livre, leve, solta, jogava se pelo vento, "anda bonito e tem um brilho no olhar", engasgou se em risos.
Vinha e ia, para lá, para cá, tão indecisa, nunca sabia o que queria, uma hora ria e ria outra não se podia entender "engraçadinha e complicada" pensou ela mais uma vez.
E quando as palavras iam se esvaziando de sentidos, os contos, as poesias e os poemas cheios de ritmos, tudo ali incompleto diante dos teus olhos, tava faltando graça, tava faltando amor, escreveu pela tarde toda, chorou algumas vezes, mas escreveu, tão simplista e maravilhoso.
Choveu forte nas palavras, os sentimentos a deixavam assim, era tão doce como mel e tão amarga ao mesmo tempo, sua acidez dissolvia as tuas dores mais impertinentes.
Cheia de prosas e encantamentos, tentou e rimou mais uma vez, levou, beijou e amou.
Entendeu, compreendeu, sofreu, escreveu e pela 4º vez no dia sorriu mais uma vez.