OITO ANOS
A vida inteira eu procurei alguém
Na multidão, nos bares e em todo lugar
Por estas ruas como um louco eu caminhei
Na esperança de numa esquina te encontrar
Meus olhos o nascer da ilusão
Acreditaram no sorriso infantil
Meu coração, coitado, pobre coração
Sofreu demais quando um sonho se partiu
Já não aguento mais
Voce ainda não me entendeu
Sou o joguete que o destino
Colocou neste mundinho
Para que a solidão
Pudesse brincar.
A vida inteira eu sonhei com a felicidade
E nas entrelinhas da verdade descobri
Que só o agora é verdadeiro, realidade
E todo resto é uma viagem a iludir
No coração ficou esta experiência
Viver demais ao ponto de querer morrer
E hoje sei, entende, tenha paciência
Os sonhadores para sempre vão viver.
Já não aguento mais
Voce ainda não me entendeu
Sou o joguete que o destino
Colocou neste mundinho
Para que a solidão
Pudesse brincar.