O pensamento não pode, por nenhum meio, cultivar a compaixão.
Eu não estou usando essa palavra compaixão para significar o oposto, a antítese de ódio ou violência.
Mas a menos que cada um de nós tenha um profundo sentimento de compaixão, nós nos tornaremos mais e mais brutos, inumanos um com o outro.
Teremos mente mecânicas, como computadores meramente sendo treinadas para cumprir certas funções; continuaremos buscando segurança, física e psicológica, e perderemos a extraordinária profundidade e beleza, toda a significação da vida.
Por compaixão não quero dizer uma coisa a ser adquirida.
Compaixão não é a palavra, que é meramente do passado, mas uma coisa do presente ativo; é o verbo e não a palavra, o nome ou o termo.
Existe uma diferença entre o verbo e a palavra.
O verbo é do presente ativo, ao passo que a palavra é sempre do passado e, portanto, estática.
Você pode dar vitalidade ou movimento ao nome, à palavra, mas não é o mesmo que o verbo, que está presente ativamente.
Compaixão não é sentimento; ela não é esta vaga simpatia ou empatia.
A compaixão não é uma coisa que você possa cultivar através do pensamento, da disciplina, controle, supressão, nem sendo gentil, polido, delicado e todo o resto.
A compaixão surge apenas quando o pensamento chegou ao fim em sua própria origem.