"Apreendemos da vida o que encontra eco em nós Para uma escritora, mister doloroso e solitário.
Intransmissível, intransferível, irreparável.
Toda a existência, com suas conquistas, perdas, espantos, desilusões, anseios, esperança, é sentida e vivida no superlativo não há meio termo, não há fôlego, nem oxigênio.
Alma exposta, inspiração à flor da pele, é o império do sentimento.
Dói viver.
E esta dor pode levar ao absoluto torpor do que mais genuíno temos em nós; os vastos porões de cismas e desistências nos quais buscamos algum verdor de esperança o mortal silêncio que, qual definitiva mordaça, pode calar nossas maiores verdades, o que de mais lindo temos a oferecer.
Em algum momento, somos tentados a desistir do amor.
Não podemos nos permitir desistir deste universal e absoluto sentimento que a tudo imprime sentido.
Então, que o conjuguemos em todos os seus tempos verbais.
Mais que isto, que o pratiquemos como uma religião precisamos deste amor, para que sigamos a estrada, a despeito de qualquer inadequação.
Precisamos deste amor, para que não desistamos; para que não nos percamos, de vez, de nós.
"