Somos formados de dúvidas e incertezas as vezes de claro e escuro.
Sempre buscamos algo que parece impossível, buscamos, recanto, acalento pro coração e calma pra alma.
Podemos ter isso tudo mas dependemos de sermos verdadeiros conosco.
Temos tudo aquilo que podemos dar, justiça na maioria das vezes, na lei da reciprocidade.
É insano pedirmos algo que não estamos dispostos a dar.
A confiança é o oposto da dúvida, está provoca os desencontros.
Queremos confiar mas só entregamos dúvidas.
Reclamamos da vida mas não entregamos nada de verdadeiro.
Fico devaneando sobre como seria, não planto duvidas mas prefiro confiar que o que há por vir sempre vai ser exatamente aquilo que posso dar.
O lado vagabundo do estreito ordinário se coloca por vez ao sol.
Sobre luzes por ele desconhecidas, só se faz presente alimentado de sangria nos olhos.
Lá dentro da alma, é responsável pelo equilíbrio e defesa, onde a palavra meiga já não transmite toda força.
Sem ventos, parte pra cima, como a cólera mas cega e de seca, com frieza.
Seu único freio é o tempo, no click do relógio se recolhe sem olhar pra trás a devastação que causou.
Agora, sobre o olhar incrédulo do seu lar, o cenário se revela silencioso e moroso.
Com a leveza das mãos ergue uma lasca de ripa e finca.
Ali pretende reerguer sua nova morada sempre avisando do perigo do tempo.