Sem sombra de dúvidas a música que marcou minha vida foi Santeria Sublime.
Nunca pensei que uma cantiga fosse fazer tanto efeito na vida de acontecimentos.
Tardes foram no embalo de paqueras luxuosamente extravagantes.
Nada regado a vinho, acho isso uma besteira.
Nada é mais envolvente que o sabor de olhares que dançam com as emoções, cambaleando pra cima de desejos.
Essa canção deixou de ser minha e virou dele, deixou de ser dele e virou nossa, deixou de ser nossa pra ser compartilhada com aqueles que sabem dançar o ritmo do amor.
Carimbei esse homem com o batido das minhas coxas no entreperna dele.
Peguei o doce, que só existe no sabor romântico, e transformei em diversos sabores esfregados em acordes.
Essa música foi desejada demais.
Os ouvidos tremiam todas as vezes que a vitrola arranhava com feitiços.
A bola de cristal saboreou um ritmo fartamente consumado com amor.
Todas as cifras espertas se apaixonaram pelos nossos resultados.
Amor denunciado com carinho e a letra nunca foi proibida na hora de ser tocada.
Arrepio nos hits vulcânicos, onde o estado de espírito, de uma canção, sempre foi motivada pela batida de um amor pauleira.
É muito punk esse vai e vem de pensamentos apaixonados.
Estou escrevendo e lembrando da sensação sonora que o afeto fazia quando se sentia espantado com tanto sentimento novo surgindo.
Estou dedilhando lembranças e vestindo devagar o comando da nossa história.
Somos a luminosidade de um futuro que deu certo, somos o quadril perfeito para o hoje que sabe fazer nosso melhor requebrado, somos o conjunto de vibrações melodiosas e que nunca foram desconcertadas.
O meu concerto é uma orquestra sinfônica
que não cansa de tocar no coreto que ele delicia.
~*Rebeca*~
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