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Lyah dos Anjos

QUE SE DANE O MUNDO!!
Estou cansada de tanto perfeccionismo, tantas regras e convecções.
Estou farta de gente, coisas, e tudo o que os compõe!
Estou de costas viradas para o mundo, ando com a cabeça na lua e o pensamento nas estrelas, Quero me cegar!!!
Nao quero ver ninguém, não quero ouvir apenas gritar, quero ralhar e enxotar tudo que se aproxime!!!
Estou farta de leis, regras tudo que se vire para me dar ordens, eu quero mais acção, mais liberdade e até libertinagem
Sim, porque não sair nua pelas ruas, as cambalhotas, brincar na chuva e dar piruetas ao sabor do vento
Estou louca, varrida e indignada quero sair, levar a minha bagagem e me mudar para marte, melhor quero que todo mundo se mude para marte ou sei la quero que o mundo se dane, se exploda não me interessa!!!
Não quero ver quem me acorrenta, nem os acorrentados estou a me danar para tudo isso.
Pelo simples facto de eu não aturar a hipocresia que cobre o mundo, o nosso efeito estufa não é apenas o que está a acontecer na camada de ozono, mas o que acontece na sociedade que me encontro, todos usamos o véu da vergonha para cobrir nossas trapalhadas.
Então, se assim é, porque não sair por aí pelada e dar a louca assumidamente se ja o fazemos em outros termos Não quero que me critiquem, porque ruínas são ruínas não importa onde, não importa se queimou no incendio ou desabou com o vento, não deixam de ser ruínas.
Então, não quero que as ruínas de pessoas me critiquem pela ruína que quero ser.
Sim, estou brigada como o mundo, e não estou a dar o primeiro passo para os acordos de paz, não estou a declarar guerra, não preciso fazer isso, estou apenas a cortar relações.
Não sei como se corta relações com a casa que tu amas, mas estou mesmo a fazer isso!!! Quero que o mundo se dane até eu me danar com ele!

VIAJAR NO MEU PEQUENO EU
Me encontro aqui, sentada a deambular entre meus ínfemes e míseros pensamentos sem muito no que pensar
No meio de um nada e em minha constante e feliz melancolia.
Passam se os anos eu mudo, reviro me e me reencontro aqui num mar de contrastes
Mil perguntas passam pela imensidão do meu cerébro, perguntas parvas de respostas concretas e disconjugaveis.
Mudam se me os nomes, permanecem me os apelidos e meus contrastes, me perco em mim morro em minhas atitudes e ressuscito em meus contrastes.
Outra vez, a mesma sensação de novo a mesma dor da perda me consome.
o que falta em mim o que a complicada simplicidade que me rodeia roubou de mim desta vez Algures perdi algo que não consigo encontrar, mas onde se não sai daqui, encontro me a séculos nesta mesma monotonia
Ohhh!!! Agora entendo tudo é essa monotonia que me consome, me rouba todo nada que consigo não aguento mais isso!!!
Mas espera aí!!! Que monotonia Como sei eu que isso é monotonia se não conheço outro estado de vida se não essa latessencia em que me encontro
ohh! Injusta de mim condeno me sempre a um mundinho de desesperos e futilidades úteis apresso me a julgar o modelo medíocre de vida numa linear constante.
Mas como posso eu querer ou ainda exigir de mim uma aderencia a uma vida mais apreciavel se é so esta a realidade que conheço se minha fraca e fértil imaginação nunca viajou por outros campos se não a oscuridade da minha própria realidade
Daí me ponho aqui sentada no meio a nada e uma vez mais viajo e percorro o interior do meu pequeno eu, numa corrida lenta e rotineira que não me cansa, e apesar de exausta me alegro com as tristezas que revivo.