Aquarela da vida
E a vida segue, doendo, rasgando e ensinando.
E eu aqui aprendendo, ganhando cada vez mais a consciência dos meus atos e de minhas escolhas.
Não ofereço, não faço e não ajudo ninguém sem que eu seja solicitada.
Não sou mais a indispensável, a faz tudo.
E mesmo quando solicitada, antes de eu dizer sim, claro, questiono se quero fazer, se tenho tempo e se eu perceber qualquer dificuldade de minha parte ou falta de vontade, respeito me e digo "Sinto muito, não dá."
Não estou egoísta.
Mas aprendendo a valorizar a mim mesma, aprendendo a respeitar as minhas vontades, aprendendo a ganhar consciência de mim e de meu lugar no mundo e nas relações.
Percebendo o quanto mereço ser bem tratada, assim como muito bem trato a quem eu amo.
Antes minha ajuda era fácil demais, eu estava sempre disponível, a faz tudo e a tendência disso era: eu preenchia vazios que também era de responsabilidade dos outros o que parecia para estes (os outros) ser simples e fácil para mim; é aquela velha história: se tem muito, é barato e, em alguns casos, até desvalorizado; se tem pouco, é caro, é valioso.
Agora parto deste princípio: custo caro, tenho valor!