"Estamos juntos, porém vivemos separados.
Cada um em sua rotina, no seu mundinho fútil regado a escolhas banais.
Compartilhamos a mesma morada, tendo sempre o mesmo lar de dormida, entretanto, cada um na sua individualidade, em seus ares alaridos, seus arroubos bauburdiosos.
O grande problema do homem como um todo é dilapidar as coisas que jamais deveriam ser colocadas em segundo plano, engodando a quem merece as mais sutis e amorosas palavras, fugaz ilusão! Esses dândis são em grande maioria por natureza os piores fleumáticos, verdadeiros ignóbeis insensíveis ao sentimento alheio, à dor do outro, outro esse que cultivou por décadas a estabilidade de uma casa projetada pelo melhor arquiteto, dedicando sempre o melhor, mesmo que este fosse o pior de alguém.
A vida é um mar de surpresas, onde a desconhecemos a cada dia, mediante tantas mudanças repentinas; onde em um momento há a estabilidade de um rio, depois a irrupção de um oceano em fúria, vida essa que nos coloca nas mais cômicas situações e nos mais hilariantes pesares, permanecendo incólume e iludindo os a ponto de confortar se em sua inocente ignorância.
O colorido perde a cor, o divertido perde a graça, o adorável incomoda, e o belo dessa vez encalha! ”