Era tarde, o sol escaldante, lhe deixou fadigado.
Inácio chegou cansado em casa, triste, sua vida era a mesma a muito tempo, decidiu mudá la.
Sem planejar nada, pegou algumas roupas, velhas e novas, não se preocupando com nada, vestiu sua mochila, e foi andando sem direção, sem projetos, foi em busca de alguma coisa que ainda não conhecia.
O caçador de ilusões estava nas ruas, andarilho das noites, peregrinava as terras desconhecidas.
Largou sua cidade, os carros, os prédios, as multidões, o corre corre, a tecnologia, e foi, sem celular, para interiores, lugares desertos, procurava um contato com a natureza, quem sabe, um encontro consigo mesmo.
E teve dias ruins, como bons dias, debaixo da chuva, curtia as lágrimas do céu, e ainda fugindo do sol bravo, sentia sua pele gemer, mas não parava, ele tinha um objetivo singular, e iria atrás dele, independente do seu preço.
Inácio lembrou de sua vida anterior, hesitou em alguns momentos, o dinheiro estava acabando, o que fazer para não desistir de sua caçada Começou a ficar triste, mas estava disposto a perseverar em sua caminhada.
Se passaram muitos dias, seu cabelo estava maior, sua barba cresceu bastante, seu corpo, antes robusto, agora é desenhado pela fraqueza, sua aparência, nada encantadora, preocupava muitas pessoas.
Ele procurou emprego numa "vendinha"de beira de pista, mas o dono ficou meio desconfiado, não lhe deu o emprego, e lá foi Inácio, novamente sem direção, cansado, com pouca "grana", mas confiante.
Continua