O menino que tocou as estrelas
“Eu tenho um propósito nessa vida, que vai além de sobreviver nessa sociedade cheia de grupos.
Na mais fugaz das vaidades eu tento estar em um lugar que ainda se encontra implícito.
Funciona mais ou menos como um pensamento fleumático onde minha alma é jogada ao nada, e aos poucos este pensamento me devolve a mim.
Eu quero tocar uma estrela, e não me falta paciência para esperar este dia.
Mas por outro lado me sobra medo em acreditar.
Como uma criança sinto muito medo e todas as minhas fobias se tornam uma só, e se transformam em um bicho papão que mora debaixo da cama.
Medo que devaneia meus pensamentos e me torna fraco.
Mas o que me encoraja, o que empolga, é saber que existe um propósito e ninguém pode me impedir de alcançar aquela estrela, que com a ponta do dedo eu tento tocar”
O menino que quer tocar a estrela cresce, e mesmo crescido não está grande o bastante para alcançá la.
Mesmo com as pontas dos pés erguidas fica longe.
Mas ele continua tentando consecutivos anos até envelhecer, e morrer, sem conseguir tocar aquela estrela.
Dizem que quando alguém se vai nunca é por completo.
De alguma forma, sempre fica um pedaço dessa pessoa onde vamos sempre nos lembrar.
Neste caso ele virou uma estrela e agora mora do lado do céu, é vizinho daquela tal estrela intocável.
E embora também não possa ser tocado, todas as noites pode ser visto brilhando enquanto, lá de cima, admira a Terra.