Do ódio fez se o amor.
Do amor fez se a paixão.
Da paixão fez se a vida.
Da vida fez se a razão.
Dos olhos deu se a visão.
Dos braços deu se os abraços.
Das pernas deu se o andar.
Andar por caminhos tortuosos.
Tortos só no andar.
Andando, andando, andando sempre a andar, oh Deus meu!
Quando irei parar !
Deus, oh Deus!
Sempre irei andar, mesmo que seja por caminhos tortuosos.
Eu não pararei de andar.
Nos caminhos da vida estarei a passar.
Passando por pessoas e casas e carros e casas e ruas e casas e mais casas.
Quantas casas!
Para que tantas casas !
Meus olhos fitam no olhar, meu coração indaga a minha alma.
Estou sozinho a caminhar.
Quem sabe um dia eu chegue lá.