Enquanto pequenos, tudo roda em volta da nossa família mais próxima.
Tudo é mãe, pai, irmãos quando existem.
Todo o nosso mundo se resume a esse grupo pequeno e confortável.
Aos poucos nos vamos revoltando contra esse núcleo, e o vamos culpando por tudo que de mal começa a acontecer em nossas vidas.
Os hormônios da juventude tomam conta de nós.
Mais tarde estamos mais calmos, mas a vida atira todo o tipo de obstáculos, desafios e distrações no nosso caminho, e vamos nos afastando, e esquecendo desse pequeno grupo que em tempos foi todo nosso mundo.
Esquecemos de visitar, esquecemos de cuidar, esquecemos de dizer ‘te amo’!
E quando lembramos do esquecimento, quantas vezes não é já tarde de mais, e aqueles que verdadeiramente nos amaram, e que nunca deixamos de amar, apenas esquecemos de o dizer, foram chamados para junto de Deus.
Então resta apenas a saudade.
Ficam as memórias.
Fica o amor que será eterno.
Fica o desejo impossível de um retorno.
Fica o insustentável peso da saudade, a única que nunca morrerá.