SONETO DA RAZÃO
Nesta vida de pressentimento altivo,
Elevado e ardente como a chama,
Que aos desejos incendeia e ama,
É por teu prazer que o amor cativo
E neste sentimento insano, explosivo,
Que de ardor te deseja insana,
Endoidecida, a minha voz que clama,
É por tua espera que sonho e vivo
Que bem, de paixão tanta, fosse à lua
Mas, amor, que vivo pr’alma tua,
Que é de mim toda razão nesta vida!
E, por antes, que não fosse à loucura
Pois, que te vivo a desventura
Mas, seja o amor como for, é a lida!