Ah! Se vocação pra santa tivesse, entrava pra escola católica e estudava a teologia que tanto amei nos tempos de criança.
Juraria amor eterno e fidelidade ao nosso senhor.
Fechava as pernas e olharia doce para os rapazes da cidade.
Pensando nisso não contenho o desejo de ter nos olhos a tal doçura, pra que qualquer canalha me queira arrancar a divindade, me abrir as pernas, me erguer as saias, me tomar no altar vestida de branco
Não, de santa.
Ora, se casta devo ser, que seja em outra vida, que essa tirei férias do bom comportamento, tapei os ouvidos pra hipocrisia dos amigos, de papai, da cidade, de deus.
Nessa vida me deixa aqui, se te incomoda olha pro outro lado porque vou expôr o que não queres ver.
Ou queres
Tanta blasfêmia nunca achou tanto conforto em outra mente.
E há quem diga que não existe sujeira maior do que a que se esconde em mim, mas meu coração mantenho puro, juro.
Nunca será banalizado, mas meu corpo Bem, de meu corpo será feito o que vier à flor da pele como vontade de ser feito, que um desses dias, virará alimento para os vermes, pois que seja impuro, mas doce.