História de vida.
Ela começou a me amar no instante em que soube que eu iria chegar.
Preparou tudo para me deixar feliz e confortável.
Foi uma longa espera com muita ansiedade longos meses que pareciam eternidades.
O amor por mim foi crescendo crescendo até o dia em que ela ouviu o meu chorar.
Foi como ela esperava! O amor que ela sentia por mim não tinha limites e por mim ela enfrentava todas as dores e desafios com aquele amor incondicional.
O tempo foi passando e quando ela percebeu, eu ja não era tão dependente dela como antes.
Mesmo assim ela insistia sempre em me ajudar.
Sempre com boa vontade.
E assim continuou até quando ela se deu conta que sua força física e a sua lucides ja não eram as mesmas.
Foi quando seu ritmo foi diminuindo.
E com o mesmo amor que ela sempre me tinha, e que me ensinou.
Eu vi que era a hora de fazer por ela tudo aquilo que um dia ela fez por mim.
Trocamos os papeis!
Passei a tomar conta dela como ela fazia comigo quando criança tendo os mesmos cuidados para ela não se ferir, não cair, não se machucar e nem ralar os seus joelhos.
Dando as suas refeições nas horas certas e seus remédios como um dia ela fez comigo.
Até que chegou um dia em que ela não sabia mais quem éramos se eu era a mãe ou a sua filha.
E agora
Ela se confundia hora eu era uma, hora outra como entender aquele olhar sereno, aquela calma, aquela doce mulher, que se confundia
já não importava quem nós éramos
Sabíamos que era o amor que nos unia, e esse era o grande triunfo.
Duas mulheres, duas vidas
E um grande amor que sentiam uma pela outra.
Anna L Ramos