E eu também já me suicidei.
Não é pela vida, mas para acabar com a dor.
E foi assim que já me suicidei, inúmeras vezes, por inúmeras dores.
Suicidei aquele amor que me fazia mal naquele instante, mas que depois não havia mais como revivê lo.
Suicidei me por medo por não abrir aquela porta, por angústia de ser tão difícil realizar aquele sonho, pelo sorriso que não dei, pela mão que não estendi, suicidei me aos poucos.
A dor desaparecia, mas com ela pedaços da minha história.
O medo crescia e com ele o momento de me reerguer, momento de renascer, momento de parar e enfrentar, sabia, era inevitável.
Suicidei me enquanto fugia dos problemas, enquanto empurra os problemas para o amanhã.
Suicidei me toda vez que desistia de um sonho, de um desejo, suicidei me quando desisti do amor.
Mas há sempre um novo dia para provar que a dor passa, que o medo acaba, que os erros você corrige e que suicidar se não é a única opção e nesse novo dia você nasce mais forte.
E como o sol todos os dias supera a noite, você aprende a se superar.
A vencer o seu próprio medo, a parar de recuar e, finalmente, avançar.
Enfrente, mas sempre em frente.
Vivendo por você, pelo seu sorriso, pelo que você ama, vivendo pelo que realmente importa: ser feliz.
Suicide se, mas para renascer mais forte, mais focado, mais determinado, para, enfim, viver a vida que sempre quis viver.