O amor é todo dia, eu não.
Há dias em que não consigo sentir
Que amo, ou que sou amado.
A paz é todo dia, eu não.
Há momentos em que os anseios
Me dominam e eu perco a paz.
A alegria é todo dia, eu não.
Há situações que me fazem apenas chorar
E a lamúria vem me fazer companhia.
O prazer é todo dia, eu não.
Há descontentamentos que me cercam
Fomentando a disforia.
A dança é todo dia!
Compasso à beira do mundo;
Valsa entre o sucesso e o infortúnio;
Um clássico, entre conquistas e fracassos.
A normalidade é todo dia, eu não.
Busco a quebra da rotina,
E vivo intensamente o que dilata a pupila!
A morte é algum dia, eu não.
Entre desafetos e prazeres,
Busco o meu recomeço
Na eternidade da vida.
A vida é todo dia!
E eu, sim!
Vou construindo uma história
Que contém dissabores, amores e alegria.
A vida é cada dia!