Te amei
como nunca amei nessa vida, sem começo, sem meio, sem fim, sem motivo.
Amei de todas as maneiras possíveis.
Sem medo, sem pressa, como se só saber que você existe já me bastava.
Guardei para você o melhor lugar dentro de mim, onde quase ninguém é capaz de chegar, muito menos permanecer.
Antes de você, eu tinha meus próprios planos, depois de você, refiz meus planos para que você coubesse neles.
Esqueci qualquer tipo de consequência para ficarmos juntos, porque pouco importava as consequências, desde que você estivesse comigo.
Ignorei todas suas mentiras e todas as desculpas, porque dizem que "quem ama tudo suporta".
Eu sonhei com você e acordei com você.
Era só olhar pra você, ouvir sua voz, e tudo ficava mais bonito.
Eu adorava dobrar aquela esquininha com você, de mãos dadas.
Amei você, mesmo sem você me amar.
Mas eu te amei também do jeito mais óbvio de todos: eu te amei burra.
Estúpida.
Cega.
Eu acreditei na gente.
Só para você eu me desmontei inteira porque confiei que me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira.
Só você viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade.
Era tudo pela metade, ao menos a minha fantasia era inteira.
Eu sabia, ninguém precisava falar, o coração avisa.
E do final desse amor restou uma mulher tão fria que nem por ti mesmo conseguiria sentir o amor que senti um dia.