PARADOXOO vento fresco emaranha seus cabelos,Outrossim, arrefece minha alma.Os pingos do céu atalham seu deleito,Todavia, atenuam minha rotina.A semana vagarosa aborrece o,Contudo, para mim, é fugaz.A terra enfada o, entretanto,Renova me.O simples desinteressa o,Ainda assim, enobrece minha vida.
INCERTEZAEu cá, você acoláUnificados em pensamentosDe insegurança e prazer.O que fazer ! A incerteza faz meTer certeza do que sintoAgora, todavia, amanhãÉ um novo dia, um novo eu eA hesitação torna me a procurar
ESPELHO MEU É estreme achismo em essaSociedade líquida, a qualNão me excluo.Somos errantes, porémEm busca do prevalecerDos acertos.Quem almeja plenitude,O mais importante é não seImportar.Mas cá entre nós,É um tanto quanto ilusórioManter se natural quandoMeras palavras soltasTornam se verdadesDe alguém.Sua boa conduta de nadaVale para aqueles queAspiram à sua falha.Indiscretamente, questionoSe o que você julga muitas vezesMentalmente, é uma perspectivareal ou apenas um reflexo do seu eu verdadeiro
COBIÇAUma hora a sua máscara cai Todavia, aquela que embaraçavaSua visão, dificultando ver a amizadeSombria a qual mordia os lábios,Mas som algum saía para enaltecerO seu trabalho.Uma hora, o seu eu verdadeiro gritaMais alto a fim de despertar seu coração, Que não notava até então, que a Companhia perdera brilho por cobiçarA sua singela aurora.
IMENSIDÃO AZULSofrer é inevitável,Todavia você é ocomandante daEmbarcação.Escolha a maneira deLidar com o maré.Siga fluindo aCorrente marítimaDa vida.As nuancesDa tempestade e daCalmaria moldam o navio.O qual é guerreiro e enfrentaRotineiramente as intempéries,E ainda assim, continuaNavegando, contemplandoA sublime imensidão azul.
LEI DE MURPHYAcordaste e, aindaCambaleando,Tropeçaste no sofá.Gritaste o filho deQuem não conheçoA fim de aliviar.Já a vida, só paraContrariar,Colocou a pedra noSapato e junto comO sol puseram se aGargalhar.