OVERDOSE
Estou sofrendo de overdose, overdose de você.
De lembrar do seu olhar, de me preocupar com suas escolhas, de imaginar como seria diferente se você me contasse.
Se me contasse seus medos ao invés de tentar tolamente enterrá los, se falasse das revoltas, do sentimento de traição e desamparo, de como você se desacreditou e hoje não espera que esperem algo de você.
Se não conseguir, nem precisa falar só consente com o seu abraço.
Expõe essas feridas para curar.
Fico aqui imaginando que se desse certo, não ia dar.
E você deve ter procrastinado pois sabia que essa overdose ia me matar, meu altruísmo não mediria esforços por você e enleado com o afeto, nem consigo imaginar.
Sua ausência sempre presente me faz falta, como posso sentir a ausência de algo que nunca foi presente
Espero sinceramente que não lhe ter agora seja fruto de algo intermitente, e voltarei a lhe ter logo ali dessa vez, não medirei palavras, abraços, beijos.
Meu melhor remédio é olhar as fotos suas e saber então como está, embora elas mintam.
Mas tua íris nelas, retrata a verdade que tenta esconder.
Tão inconstante felicidade, em busca de algo real, de verdade.
E sabendo a resposta, ignora por mágoas que ainda não foram curadas.
Essa timeline perfeita mata um pouco da minha saudade, curiosidade, mas não me engana.
E então, só aumenta a minha dose ,me trazendo a vontade chegar mais perto desse vício que é você.