O DUELO DA ALMA
É difícil engolir seco.
É doloroso calar a voz de alguns instintos.
Mas o que para muitos é loucura eu dou o nome de sensatez.
Eu me permito renunciar para crescer.
Me redimir para evoluir.
Sou, ansiosa sim.
Mas minha ansiedade é minha.
Não deve ser despejada em ninguém.
Não estou privada de sentir instantes momentaneos de raiva.
Mas me recordo, sempre ela é minha e como ela posso fazer o que quiser.
Posso gritar, bater, xingar.
Mas posso simplesmente transformá la em outros sentimentos.
Pois se parar para pensar:
Se a amizade pode se transformar em amor.
A trsiteza em felicidade.
Porque não fazer da raiva, um dos degraus mais altos para a sabedoria
O ódio, a íra, a raiva podemos muitas vezes enxergar como testes.
Testes de paciência, tolerância, equilibro e o maior e mais complexo de todos.
O perdão.
Não o perdão da boca para fora, estou falando do perdoar de alma.
Mas, a única maneira de conseguir de verdade´perdoar alguém que te fez ou te faz mal.
É sendo superior a ele, e revidando com o bem.
Ser grande, não é ser forte.
Ser grande é ser sábio.
Mas não estou falando da sabedoria adquirida em livros, faculdades.
Me refiro a sabedoria do espirito.
Tudo aqui é tão breve.
E muitas vezes quando nos damos conta tudo passou.
É ingenuidade pensar que tudo termina quando a vida aqui se finda.
É absurdo ignorar a existência de Deus.
Mas apenas crer não é suficiente.
Precisamos de algo para um dia entrar num reino onde hoje não podemos enxergar pelos olhos da matéria.
Algo que escutamos desde crianças.
Algo que é pronunciado sempre.
Mas poucos conseguem desvendar seus segredos e verdadeiramente conhecer sua essência.
Ele é o dom do amor.
1 Coríntios 13
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
Rê Pinheiro