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Avandelson Ferreira da Silva

Não existe fórmula para vida
Quero escrever hoje sobre o desengano do homem/mulher da atualidade.
Aí você, caro leitor, deve está se perguntando: o que ele quer dizer Não especificarei o tema, mas vai ficar nas entrelinhas da história.
Certo dia fui à uma livraria da cidade e comprei um livro intitulado de: Nietzsche para estressados, do autor Allan Percy.
Logo pensei.
Enlataram no!
Tudo que ele viveu se transformou em algo que mudaria a minha ou a sua vida.
Ainda é acrescido a essa obra o subtítulo de: 99 doses de filosofia para despertar a mente e combater as preocupações.
Então, me veio uma breve reflexão!
Existem fórmulas para a vida Existe um gabarito
Acredito fielmente que não.
E numa luta interna reflexiva direcionei uma resposta para minhas indagações.
No meio silêncio.
Lembrei me de Clóvis de Barros Filho em uma entrevista ao programa do Jô Soares.
Se existisse solução para os nossos dilemas já teríamos acabado com a angústia do mundo.
Peço desculpas, caros leitores, mas não há nada de inédito no livro.
Veja o que encontro nas primeiras páginas: “devemos encontrar um motivo para levantar da cama todas as manhãs”.
Não sei você, mas eu tenho motivos de sobra.
Ou ainda vem me dizer que a felicidade vem de lampejos, de momentos e se desejarmos que ela dure para sempre é o mesmo que aniquilar o momento.
Mas uma vez, peço desculpas, pelo meu ceticismo, porém o que desejamos como eternidade é puro capricho humano diante do que não podemos mensurar.
O que é eterno, então, em nosso ser
O desejo de ser.

Admiração
Hoje passei o dia pensando em um tema novo.
Aí me veio a palavra admiração, mas, afinal, o que significa essa ideia Quando admiro sinto o quê Percebo o quê Quais modificações são produzidas no meu corpo
Será que muda alguma coisa em minha alma
Para os antigos, a filosofia brota da admiração, do espanto, da nova descoberta e do perceber o que antes a mente ou intelecto não havia reconhecido.
O que dizer, então, da comunidade que acolhe o afogado na bela história de Gabriel García Márquez, que Rubem Alves cita com maestria no livro: Lições de Feitiçaria: meditações sobre a poesia.
Uma obra fascinante que li há alguns anos, mas que me provocou um espanto imediato quando encontrei no curso de Teologia uma obra que ensina feitiçaria.
Que loucura a minha!
Eram apenas meditações sobre a poesia!
Depois de fazer a aquisição de tal obra, me senti como aquela menina que absurdamente queria o livro para ler, como se estivesse dentro de uma redoma contemplando uma “felicidade clandestina”.
Deixei entre aspas porque já ouvimos esse termo antes
Mas continuando a nossa história Quem era esse afogado
Talvez, um homem sem identidade e sem passado.
Seu corpo não revelava quem ele realmente era.
Foi preciso preparar para o rito de despedida, precisaram limpar o seu corpo, purificá lo
Cavar a sua sepultura.
Mas antes de tudo acontecer, foi preciso pensar.
Como esse homem vivia
Quem o matou
Por que as suas mãos estão macias
Será que ele deixou filhos Esposa
As mulheres da aldeia faziam o rito de purificação do corpo, mas naquele momento acontecia outro ritual
A mudança de mentalidade das mulheres Que deixaram a mesmice de lado, a estagnação de seu viver para pensar a sua própria existência.
O afogado gerou uma onda de reflexão pela aldeia.
Foi semeada a dúvida.
A inquietação.
A sensibilidade de homens e mulheres se aflorou como uma rosa que desabrocha mostrando sua beleza e seu aroma matinal.
E foi feito o enterro
Foi cumprido o silêncio por aquele corpo que ninguém conhecia, mas que estava ali boiando em alto mar.
Depois de ter cumprido todo processo de ritualização, a vida na aldeia nunca mais foi a mesma
E com o passar do tempo a vila foi se modificando, as pessoas foram reformando as suas casas, construindo novos barcos, plantando jardins
Aí foi acontecendo o que Adélia Prado, encantadoramente, recorda em sua poesia impressionista:
Uma ocasião,
Meu pai pintou a casa toda
De alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos em uma casa,
Como ele mesmo dizia,
Constantemente amanhecendo.
Enfim, o morto trouxe a salvação daquela aldeia.
O morto promoveu o advento da boa nova para aquele povo.
Uma vida que contempla os amanheceres da existência saberá, de fato, o valor ou o ato de admirar se diante da vida que surge ou do morto que se esvai.

Não existe fórmula para vida
Quero escrever hoje sobre o desengano do homem/mulher da atualidade.
Aí você, caro leitor, deve está se perguntando: o que ele quer dizer Não especificarei o tema, mas vai ficar nas entrelinhas da história.
Certo dia fui à uma livraria da cidade e comprei um livro intitulado de: Nietzsche para estressados, do autor Allan Percy.
Logo pensei.
Enlataram no!
Tudo que ele viveu se transformou em algo que mudaria a minha ou a sua vida.
Ainda é acrescido a essa obra o subtítulo de: 99 doses de filosofia para despertar a mente e combater as preocupações.
Então, me veio uma breve reflexão!
Existem fórmulas para a vida Existe um gabarito
Acredito fielmente que não.
E numa luta interna reflexiva direcionei uma resposta para minhas indagações.
No meio silêncio.
Lembrei me de Clóvis de Barros Filho em uma entrevista ao programa do Jô Soares.
Se existisse solução para os nossos dilemas já teríamos acabado com a angústia do mundo.
Peço desculpas, caros leitores, mas não há nada de inédito no livro.
Veja o que encontro nas primeiras páginas: “devemos encontrar um motivo para levantar da cama todas as manhãs”.
Não sei você, mas eu tenho motivos de sobra.
Ou ainda vem me dizer que a felicidade vem de lampejos, de momentos e se desejarmos que ela dure para sempre é o mesmo que aniquilar o momento.
Mas uma vez, peço desculpas, pelo meu ceticismo, porém o que desejamos como eternidade é puro capricho humano diante do que não podemos mensurar.
O que é eterno, então, em nosso ser
O desejo de ser.