E a vida enlouqueceu enlouqueceu de repente e enlouqueceu definitivamente.
Começou o ano bem os primeiros dias foram de euforia.
Afinal eram tantos planos e com tantos planos não há como ensandecer há que se contorcer pra fazer acontecer.
E os dias foram passando verão por aqui inverno por lá.
O calor tava quente demais por dimaix da conta de suportar, fritando miolos o frio era de rachar pés, lábios, miolos
O verão queimou quase tudo por aqui o frio queimou quase tudo por lá.
Mas sempre há esperança de se renascer das cinzas, como Fênix
E a vida se mantinha nessa esperança louca que, diga se de passagem, não era coisa pouca.
E veio o outono pras bandas de cá e pras de lá a primavera chegou.
Ambos só de nome nem flores lá, nem frutos aqui.
Nadinha Nadinha Não alguma coisinha mas coisa pouquinha.
E era pra ser a primavera da vida mas, coitada, ela estava tão ferida, que por aqui os frutos nem amadureceram, apodreceram de vez aos pouquinhos foram despencando definitivamente.
A vida desiludida olhou pra trás, olhou pra frente e percebeu em tempo! Percebeu que seguindo em frente estava definitivamente caminhando para a morte.
Enlouqueceu definitivamente