Ogivados
Em apenas um olhar
fomos tanto e tão pouco.
Esse olhar prendeu te,
Prendendo me.
E no teu medo, o meu medo.
Olhaste,
e sem dares conta ficaste
Prisioneira.
Náufraga
Perdida meio a temores.
Habitas agora os olhos meus,
e por confessar me,
não me olhas.
Cabisbaixos estão,
fingindo desconhecer me
Fitam o chão.
O que a tua alma sente,
essa alma não me pertence,
se encontra passiva;
a minha cativa,
só mente e coração.
Olharas novamente,
pois o teu olhar não mente.
Não ti pertence.
Foi e será meu somente.