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Ana Claudia Tranchesi Xavier

"Vim esta vez falarvos sobre um fardo.
Há um pesado e antigo livro que possuo e não consigo me desfazer,  ele não me foi dado e sim passado, de pai para filho,  é assim feito por todas as gerações, desde o primeiro homem que viveu e escreveu a primeira página, deixou gravada toda sua culpa, o livro foi ganhando páginas extras a cada geração que nascia, e evidentemente foi ficando mais pesado.
Alguns não suportam seu peso, outros nem notam mais.
A maioria nem ao menos se dá ao trabalho de abrir, alguns tentam lê lo mas desistem, eu faço parte dos que resolveram abrir e folhear as páginas,  cada uma pesa em média 100 kilos, não estão escritas com tinta nem em nenhuma linguagem conhecida, somente lágrimas, umas de esperança, outras de desespero e dor, mas a maioria de arrependimento,  estas são as mais amargas e escuras.
No começo fiquei irritada com a similaridade das histórias, pensei comigo, como depois de milênios não aprendemos nada ! Depois tive um momento de breve luz, imaginando que o peso nos obrigaria em algum momento a agir diferente.
Foi quando exausta cheguei a primeira página que eu pude ver a verdade mais cruel: havia um espelho, eu me reconheci, pude contemplar a vergonha, a fraqueza e o quão imensamente me enganei cada vez que me senti melhor ou mais merecedora da vida do que qualquer outro ser, por mais pequeno que seja.
A culpa e os pecados cometidos por cada ser me esmagaram.
E nesta fração de segundo admiti a verdade de quem eu sou, de quem nós somos.
O maior erro humano é querer ser Deus, acha que tem o poder de escolher quem vive e quem morre, que coloca sua própria sobrevivência e bem estar acima de tudo e de todos, e não se dá conta que não aprendeu a controlar nem a si mesmo."

"CRER, PERDOAR E ESPERAR"
Proponho me a pensar que as coisas mais difíceis para o ser humano é: crer, perdoar e esperar.
O homem é muito habituado acreditar em coisas que vê, escuta ou toca.
Não recolhe se mais a sua forma primaria deixando se tocar pelas coisas celestiais, nem enche os pulmões com a energia da natureza.
Diz acreditar em Deus, mas quando vê alguém sofrendo ao seu lado finge não ver.
Diz ser bondoso, mas finge não ouvir o choro em coro de inúmeras crianças inocentes que pedem socorro em nosso mundo.
Não crê em ti mesmo, não te achas capaz de modificar as coisas e usa isto como desculpa para lavar tuas mãos.
Não crês na verdade, pois ela não te encanta os olhos, não é suave aos teus ouvidos nem traz prazer á tua carne.
Crês sim na mentira, pois a usa todos os dias de modo a enganar os outros e a ti mesmo para que tu aguentes o peso da tua hipocrisia.
Sei que crer é algo que só se faz de olhos fechados e coração aberto, pois quem ama confia sem limites.
O perdão é ato de grande nobreza, e quem o oferece é de igual nobreza, pois só pode ser dado se assim desejar o coração jamais poderá ser comprado nem mendigado por olhos encharcados ou palavras doces, nem mesmo quando a razão lhe propõe não será concedida, o perdão vem de quem compreende sua imperfeição e fraqueza e enxerga o outro não apenas como um igual mas como um espelho, é preciso amar para perdoar pois é necessário admitir suas próprias fragilidades.
Esperar, esta palavra por si só já desperta irritabilidade, quem no mundo há de dizer que gosta de esperar, todos odeiam, não saber esperar e é sem dúvida o mal da humanidade.
Queremos tudo agora, e já, mas pagamos um preço alto por isso, esperar vai de contra tudo que ansiamos e queremos.
Tudo por conta da maneira superficial que vivemos, nascemos e morremos m um mundo de valores invertidos.
Quem ama algo almeja de longe, sabe esperar.
Calmo e paciente.
Sendo assim, concluo que para crer, perdoar e esperar é preciso acima de tudo amar.
O que falta no ser humano é o amor, pois só ele é eterno muda tudo de dentro para fora rompendo fronteiras ou qualquer dificuldade.
Aprenda a amar e saberá crer, perdoar e esperar.