Pensares
Cerram se os olhos.
As pálpebras lacram se.
Amor tecendo
Em penumbra.
Em clausura.
Em pensares.
Sonoridade da voz
que ouves
Balança as cordas da alma.
Dança em liberta aragem
nos braços da liberdade.
Revire me em páginas silenciosas
(devaneio dos dedos teus)
(tez dos segredos meus).
O quão há no canto.
Há saudade.
Diz me então
Ouça! Não lamentos
meus pensamentos!
Quando deitas naquela cela
não há lamúria nem sofrimento.
Sós dois corpos em aquarela
pintando amor a luz da vela.
Vejo te e deixo te bela.
Na janela suave imagem
fluindo em sentinela.