Chega determinada fase da vida que é preciso descobrir a necessidade de estar só para viver certas experiências.
Esse estar só é diferente de ser só.
Contudo ele só é possível na solidão, onde se encontra na vivência do silêncio, surdo do mundo, a experiência de viver as demoras, de reencontrar a coragem mesmo que exista cansaço.
É um momento da vida, em que você olha para o céu azul e experimenta o sabor dos sonhos, como se fossem nuvens de algodão doce a enfeitar o nosso céu; momento em que se contempla no verde das matas a esperança de uma nova chegada, ainda que certo seja que haverá uma nova partida; compreende que o vento frio que bate na face também é caricia de Deus em nós.
Viver nos torna fortes, amar nos faz sensíveis e a fé em Deus nos torna capazes de seguir.
E a gente aprende que seguir, só vale a pena, quando se transcende a própria solidão e se descobre que mesmo só, a vida é união, a vida é comunhão e só se chega quando se ama.
Ainda que se tenha que amar sozinho!