Sou do tempo
Que se beijava as mãos dos pais,
Avós, madrinha e padrinho pedindo a benção.
Sou do tempo
Que tarefa dada era tarefa cumprida.
Sou do tempo
Que acordava cedo para ir a igreja rezar.
Sou do tempo
Que o lar era o local respeitoso e harmonioso.
Sou do tempo
Que se rezava na ceia.
Sou do tempo
Que se respeitava uma mesa farta,
Onde não existiam sobras, porque a comida era sagrada,
(a dedicação da mãe em prepará la; não se podia jogar o amor fora e nem chamar de restos o alimento).
Sou do tempo
Que se respeitava o ser humano, os idosos acima de tudo, que chamávamos de pessoas mais experientes.
Sou do tempo
Das travessuras, das surras; isso não deixa ninguém revoltado, simplesmente era punido e pedia perdão.
Hoje o tempo meu ultrapassou e nem sei mais quem sou!