Tenho um pé atrás com pessoas que estão sempre de bem com a vida.
Já vivi o suficiente para saber quando alguém está querendo enganar a si mesmo enchendo as frases com adjetivos exagerados e excessivos pontos de exclamação.
Conheço artistas que perderam o brilho nos olhos depois de anos se obrigando a achar tudo legal, dando tapinhas nas costas de cada colega, paparicando cada fã.
São gente finíssima, fina camada, verniz superficial sob o qual já não existem.
O outro pé também tenho atrás: com pessoas que estão sempre de mal com a vida.
Já vivi o suficiente para saber que o fim do mundo não pode ser todo dia.
Profissionais do máu humor apocalíptico não me convencem.
Conheço artistas que perderam o brilho no olho depois de anos se obrigando a odiar tudo, dando punhaladas nas costas de cada colega e virando a cara para cada fã.
Grosserias, sob grossa camada de gelo, estes caras já não existem.
A virtude está no meio termo.
Mas o meio termo a gente nunca sabe onde é, né E William Blake disse que "o caminho do excesso leva ao castelo da sabedoria"! Ah, aforismos são o band aid do pensamento: só servem para cortes superficiais.
Ih, acabei de criar outro aforismo, né