AOS FILHOS
Meus filhos prestem atenção
No que sinceramente eu digo,
Quero que tenham no pai
A figura de um amigo.
Ah quem me dera, filhinhos
Que eu pudesse explicar,
O sentimento que tenho
Vendo os respirar.
Não quero que levem a mal
Se ando meio desatento,
Talvez seja o peso da vida
Mas mesmo assim não me isento,
E levo vocês comigo
No mais lindo sentimento.
Não é conversa fiada
É a minha maneira de amar,
Quando eu ficar velhinho
Vocês é que vão contar,
E que venha o entendimento
Que o tempo tem que passar,
E por ser senhor do destino
Faz a ferida sarar.
Vida, são quatro letras,
Muito fáceis de falar,
Difícil são os percalços
De quem se põe a andar,
Mas uma coisa eu prometo,
Nunca lhes abandonar,
Pois é nascendo os filhos
Que o homem aprende a amar.