“Escrever, para mim, é um ato físico, carnal.
Quem me conhece sabe a literalidade com que escrevo.
Eu sou o que escrevo.
E não é uma imagem retórica.
Eu sinto como se cada palavra, escrita dentro do meu corpo com sangue, fluídos, nervos, fosse de sangue, fluídos, nervos.
Quando o texto vira palavra escrita, código na tela de um computador, continua sendo carne minha.
Sinto dor física, real e concreta, nesse parto”.
( em "O olho da rua – uma repórter em busca da literatura da vida real".
São Paulo: Globo, 2008, p.
127.)