O tipo de caráter no Brasil, entranhado na formação moral de seu povo, mostra se ainda mais degradante quando comparado ao das culturas orientais: lá eles colocam a moralidade num patamar mais elevado do que a própria vida, pela convicção de que a desonra a macula de forma indelével para não mais justificar sua manutenção.
Assim, quando expostos por falhas da honra, é comum escolherem o suicídio antes de conviver com a vergonha.
Em nosso país a valorização do homem não reside em esquivar se da ilegalidade, mas na competência para negá la à exaustão mesmo diante de todas as evidências contrárias, sendo esta capacidade motivo de orgulho por quem a domina e de admiração pelos que o defendem.
A regra é de que o reconhecimento do delito jamais se faça por parte do criminoso, e a estratégia seja sempre a de transformar constatações inequívocas em "perseguições do poder vigente", e a correta aplicação da lei em injustiça.