Falso Soneto II
Adeus, minha querida, adeus, meu amor!
Dei te afeto, carinho, e tu, só me deste dor
Agora, vou me embora, mas de ti não esqueço
Porque tão ingrata com quem te deu tanto apreço
Fizeste te escarlate aos meus primeiros cortejos
Agora, é com tristeza n’alma que eu te vejo
Entregaste te a outro! Sabe que ele não te ama!
Não vale um vintém, bêbedo que minha musa profana!
Despeço me agora de ti querida, não posso mais
Ver o que tu fazes comigo, mata me aos poucos
Só queria ter os sorrisos, que tu me davas tempos atrás
Pois adeus, luz de minh’alma, não posso curar esta ferida
Não aguento teu desdém, teu descaso deixa me louco
Morro, lembre se de mim, como quem mais te amou em vida