Aos poucos, tudo vai ficando no lugar, embora tenhamos mudado de cidade, de caminhos, de objetivos.
Os passos param em paisagens diferentes, mas não dentro de mim.
Os pensamentos voam por aí, porém não sai daqui, do que se construiu.
E, de repente, a gente percebe que se andou em dias dos quais se repetem em nossa mente; que voltam a vidas que nunca saiu de nós.
E tudo começa e recomeça sem jamais ter acabado.
A gente observa que os dias se vão e que lutamos contra ou a favor do tempo, e que sempre estamos, com ele, num eterno embate.
E sem nos escutar, o tempo segue invencível, fazendo nos vencidos.
Vamos para algum lugar onde o sol queima, onde a chuva refresca, onde o fim inicia se no começo e que, do começo, volta se ao fim, num ciclo do ficar.
Corre se pra quê
Pra viver!
E nas andanças da vida, na peregrinação do existir, fragmenta se o ser.
Somos pedaços de nós mesmos e de tudo que encontramos,
de tudo que perdemos, de tudo que conquistamos
e de tudo que nunca tivemos.
Somos até mesmo o que não sabemos e nem pra onde iremos.
Mas se insiste em perguntar: Quem sou Prolixamente, em mente, responde se em voz, de pronto: apenas sou e nada mais!