O Elmo.
Seu elmo lhe era sufocante, pesava sobre seus ombros.
Mas ali dentro, onde apenas seus olhos podiam contemplar o mundo ao seu redor, se sentia protegido, um refugio de tudo aquilo que temia.
Ele aprendeu que aqueles que não se empenham no seu máximo não são dignos de valor.
Que o olhar da vida e da gloria só é voltado para os verdadeiros de coração.
Em seu cavalo encouraçado ele trilha os caminhos que lhe foram impostos.
Uma incessante busca pela paz interior, paz conquistada com duras batalhas, amargas lagrimas, com o vencer de si mesmo dia após dia.
No amanhecer daquele dia seu coração era gélido, temeroso pelas decisões de outrora.
Buscava as palavras certas para não provocar a guerra em meio o desejo de paz.
E se sentiu homem, falho e comum.
Simples, temeroso, digno e honrado.
Deixou para traz tudo em que acreditava até então.
Por tempos acreditou em leis que já não tocavam seu coração, mas tirou lição daquilo que lhe fazia sentido.
Mas uma vez um novo caminho se apresenta a sua frente.
Tomado de seu cavalo e protegido por seu elmo ele segue.
Sentindo pulsar dentro do seu coração e veias, o sangue de um homem que não teme o incerto.
Que se dispõe a lutar quantas batalhas a vida lhe apresentar, porque esta é sua vida, está é sua sina e nada nem ninguém mudarão isso além dele mesmo.
Anderson Miranda