CANSADO DE SER VIL!
Eu estou trêmulo de agonia
Cheio de cansaço Todo o cansaço
Que o mundo me pode ofegar,
Cansaço do labor,
Cansado de fragrâncias E seus fregueses,
Cansaço da leitura que não se ler,
Dos mestres a mestrear a metafisica,
Cansado de pecar
Pelos crentes que não pecam à vida,
Por um deus de igualdade.
Que deus não sei
Eu
Pechoso Incógnito Divinal
Eu
Assim como a noite ofusca me o brilho do olhar
Cansado sinto me da vileza de todo eu
Na incógnita do existir e ser.
Cansado de tudo que nada somos
Cansado de me ser vil, reles, imperfeito,
Ao que me parece, não há gente no universo!
Todos perfeitos, nobres, magníficos.
Eu sou eu,
Permaneço eu.