Desilusão
Onde está o nosso mundo Era tão calmo, tão nosso, era tudo!
De planícies verdes como teus olhos e macias como tua pele pálida
Lembro me que foi da fusão de almas apátridas
Que criou se esse “mundo” roxeado revestido em veludo!
Continentes de afeto e oceanos de afinidade a transbordar
Construía se a Fortaleza que parecia intransponível!
Em nosso castelo de arquitetura gótica sentia me invencível
E completo com nosso sombrio gosto a combinar!
Nossos nomes sussurrados pelo vento em noites de tom lilás
Embalados por canções, planos e pensamentos mútuos!
Dias pareciam segundos
E violetas exalavam o teu perfume pelo ar
Quantas vezes sorri para teu choro cessar
Nos protegíamos e éramos tão fortes!
Atrozes realidades Superamos tudo! Leais até a morte
Era o que eu creia enquanto via teu nome em meu braço a sangrar!
Ó meu amor, como pudeste cravar esse punhal em minha costas
Nessa alma tão frágil que a ti servia como escrava!
Destruíste tudo! Há tempos já não durmo!
Por medo de afogar me em minhas lágrimas!
Da poeira que restou ao veneno que agora me consome!
Sou um lânguido ser em um mundo esvaído
Asas quebradas Um anjo caído!
Que procura escapar do desejo da morte!
Hoje minha alma vaga perdida Buscando ajuda! Perdida em desalento!
Minha lástima é tua! Sou um rio de magoas fluindo para um mar de sofrimento!