Mandarei uma mensagem de despedida com algumas letras engolidas pelo orgulho de prender o choro, mas torço que entendas o motivo de eu ir embora.
A tua falta de carinho deixou o meu corpo ao relento, não me davas o calor devido e, nem venhas exclamar que isso não passa de mais uma frescura minha, pois não há ser vivo que sobreviva sem um dengo; logo eu que sempre dependi de ti e do dengo preso que tu soltavas uma vez ou outra, meio sem amor nenhum, mas é seu jeito e eu não estou me importando com ele.
Mas é que não dá mais para dormi no frio todas as noites, vou embora procurar um cobertor, mesmo que ele nunca tenha um calor comparável ao seu.
Talvez um dia entendas a carência de um corpo quando dentro dele bate um coração que ama.