Tão difícil controlar meus pensamentos quando se trata de você.
Enclausurada numa enorme amargura, questionando a minha sanidade quando eu já nem sei mais quem sou.
Olhar pela janela e não conseguir ver nada já se tornou um habito da minha rotina de viver de memórias.
Tantos dias fiquei a sua espera, sempre olhando por essa mesma janela, e você nunca mais voltou Paralisada nesse inverno permanente, adormecida no silencio desse ex amor.
O barulho da tv ao fundo, o tic tac do relógio e a esperança morta de te ver chegar.
O dia passa lentamente, e minha mente, mente, quando pelo meu nome escuto você chamar.
Tem sido assim por todos esses dias, a casa sempre vazia, completamente abandonada nessa solidão.
Então eu choro, perdida entre meus remorsos e essa minha paixão.
Sinto sua falta o tempo inteiro, ouço seu riso, sinto seu cheiro, viajo nessa escuridão.
Meu Deus, como minha alma é pequena, ligada a um simples teorema, abandonada em outra dimensão.
E cai em mim outra vez a realidade, talvez seja culpa da claridade do sol dessa manha E enquanto tomo meu café eu ouço o barulho dos seus passos, você me envolve em seus braços e eu caio em pleno adormecer.
Perdida e meio viva, nos meus olhos volto a me esconder.