O coração é um solo.
Vale onde brotam as paixões, como os outros vales da natureza inanimada, ele tem suas estações, suas quadras de aridez ou de seiva, de esterilidade ou de abundância.
Depois das grandes borrascas e chuvas, os calores do sol produzem na terra uma fermentação, que forma o húmus, a semente, caindo aí, brota com rapidez.
Depois das grandes dores e de lágrimas torrenciais, forma se também no coração do homem um húmus poderoso, uma exuberância de sentimento que precisa expandir se.
Então um olhar, um sorriso, que aí penetre, é semente de paixão e pulula com vigor extremo.